Sabe aquelas pausas que você faz no trabalho para esticar as pernas ou tomar um cafezinho? Elas podem ser aproveitadas para turbinar a sua criatividade e ocupar esse tempo com ideias produtivas, que servirão para melhorar o próprio trabalho e elaborar ideias que podem ser utilizadas no seu dia-a-dia. Esses períodos de ócio, se bem trabalhados se tornam o que convencionou-se chamar de ócio criativo.
Esse conceito foi desenvolvido pelo sociólogo italiano, Domenico De Masi e consiste na
Habilidade de conciliar o trabalho com os estudos e o lazer de forma equilibrada, para poder tirar o máximo de cada momento.
Muitas pessoas confundem ócio com preguiça. Mas os dois não são sinônimos, ao contrário, o autêntico ócio criativo permite trabalhar de forma completamente diversa de uma pessoa preguiçosa. A maior diferença entre o ócio criativo e a preguiça é que o ócio pode gerar produtividade e ser traduzido em termos práticos, enquanto a preguiça é o hábito de renegar à ação, sem nenhum significado em si mesma.
Diferente do que a maioria acredita, o ócio criativo não pode ser traduzido como não fazer nada. O desenvolvimento do conceito de ócio criativo indica a combinação entre trabalho, estudo e lazer, de maneira equilibrada para usufruir o valor gerado pelo trabalho, a sabedoria promovida pelo estudo e a alegria provocada pelo lazer. Essa combinação se mostra altamente adequada para a educação, já que esta também precisa promover a experiência do ócio criativo.
Domenico De Masi desenvolveu o ócio criativo porque percebeu que todas as vezes que tinha um tempo ocioso, seja nas pausas do trabalho, seja até mesmo durante o período de férias, ele podia aliar o tempo em que o cérebro estava quase zerado à produção de ideias e conceitos novos que podiam ser incorporados ao próprio trabalho.
Como você pode deduzir, o ócio criativo é altamente necessário para todos os que precisam ter boas ideias no seu cotidiano com setores ligados à criatividade. É por seu intermédio que corpo e mente ganham seus momentos de descanso e liberam os pensamentos para se ver frente a frente com caminhos novos para seguir, alcançando sucesso no âmbito profissional, nos estudos e na vida pessoal.
Não se pode deixar de entender que é necessário aproveitar o momento do ócio para extrair dele o máximo proveito. Se não observar esses pontos, o ócio criativo pode tornar-se uma simples procrastinação, deixando de ser positivo em qualquer nível e acabar se tornando um empecilho para sua produção.
Conforme De Masi, a humanidade passa três vezes mais tempo “não fazendo nada” do que executando tarefas profissionais. Portanto, é necessário saber aproveitar esses momentos de forma prazerosa e criativa, sem triplicar as jornadas de trabalho.
O sociólogo italiano é partidário da ideia pela seguinte razão: não se deve forçar o cérebro para executar uma função quando ele já se encontra cansado e saturado. Sob pena de colher resultados medíocres e insuficientes, visto que o ser humano é passível de ser menos criativo e produtivo quando é refém de períodos de sobrecarga.
Em contrapartida, quando estamos em estados felizes e desenvolvemos estímulos mentais, as boas ideias vêm até nós inesperadamente. Ao invés de carregar trabalho para casa, separe os períodos de tempo ocioso para realizar coisas que lhe dão prazer, mesmo que elas pareçam superficialmente insignificantes para os outros, como tirar sonecas ou sentar na sala olhando para o teto.
Para desenvolver o ócio criativo o que se pode fazer primeiramente é ter consciência que nem todos os momentos de ócio serão 100% férteis. Não basta sentar em frente a televisão com o intuito de que uma ideia mágica apareça.
Não se pode encarar o conceito como uma obrigação, pois ele pode parar na mesma categoria dos longos períodos de trabalho e do home office desnecessário. Saiba que a mente de qualquer ser humano funciona de maneira única e que ninguém é uma máquina, nem mesmo quando estamos felizes e tranquilos.
Com certeza todo mundo já viveu o ócio criativo pelo menos uma vez na vida. Certamente aquelas ideias que surgem do nada e, o mais das vezes que possam parecer meio estapafúrdias de início, você sente até orgulho de ter produzido tamanha criatividade em uma só mente.
São exatamente essas ideias que se transformam nos pontos diferentes que você almeja para a sua vida profissional, mas não acredita achar. Dessa forma, é aconselhável manter um caderno ou bloco de notas do celular sempre em mãos, para criar o hábito de anotar tudo o que vier à cabeça. Mesmo que tais ideias pareçam inaplicáveis no seu cotidiano, muitas vezes fazendo você rir de si próprio. Anote. Certamente em algum momento durante a semana, será possível utilizar aquele insight de forma mais dentro do contexto e efetiva.
Da próxima vez que você tiver um momento ocioso no trabalho ou mesmo em casa, lembre-se que seu cérebro pode aproveitar o descanso produzindo ideias que certamente serão úteis para seu desenvolvimento profissional ou pessoal. Depois que esse exercício se tornar uma prática comum, nunca mais você ira desperdiçar seu tempo ocioso e vai transformá-lo em ócio criativo.
Não deixe sua mente navegar nas ondas da alienação. Permaneça atento a todos os estímulos positivos que seu cérebro possa captar. Fique com a chave da mente sempre virada no on.
É importante permanecer o máximo tempo possível sintonizado nos pensamentos e atitudes que despertem o seu lado bem humorado. Rir é o melhor remédio.
Sempre que possível leia, pesquise, se informe em fontes seguras, para maximizar seu cabedal de conhecimentos. O saber é a mais poderosa arma para avançar o autodesenvolvimento.
Anote e guarde toda nova ideia que tiver, de modo a formar um baú de ideias que poderão se materializar no momento oportuno da criação.
Evite as atitudes viciantes, como ficar na frente da televisão por muitas horas, beber até se embriagar com os amigos nas happy hours. Fuja de todas atitudes que causem desequilíbrios no seu dia-a-dia.
Tenha um olhar fotográfico para as coisas, marcando suas principais características de modo a pensar que não as verá uma nova vez. Cada oportunidade é única e assim deve ser tratada.
Muitas vezes quando estamos indecisos sobre alguma coisa ou assunto, confie na sua intuição e deixe o destino lhe trazer a resposta.
Assim como o corpo se acostuma com os movimentos repetitivos, criando uma rotina cega, o cérebro também fica preguiçoso quando o submetemos a idéias e pensamentos que se repetem. Quando tiver uma idéia, exponha-a ao lado que ninguém a explorou, descobrindo novos caminhos para aquele pensamento.
Se você quiser conhecer mais sobre este assunto, indicamos o livro: O Ócio Criativo de Domenico De Masi
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